Leia antes de prosseguir

O que lerão a seguir não é pretensiosamente jornalístico apesar de eu ser formado em jornalismo. São simples recortes cubanos sob o meu olhar curioso, despretensioso quanto a algo educativo, cultural e até mesmo informativo. Por aqui, nada que eu não conte numa mesa de bar, talvez até com mais ênfase, pois os saberes são intercambiados. Portanto, se quiseres criticar o regime cubano, vá a alguma publicação que aceite seus argumentos, pois os comentários aqui serão moderados e não tolerarei disparates com relação à linguagem. Podemos até fazer algum debate sobre, mas reservo a mim o poder de decisão sobre publicar ou não algo que considere ofensivo a mim ou a qualquer outro item não listado aqui. Desculpem o ocasional baianês, mas é o meu jeito de escrever. Desculpem também a falta de linearidade. Como disse, não há pretensões extensas com a publicação desses recortes que não seja a da simples leitura de quem se interessar. Não quero criar discussões acerca do socialismo comparado ao capitalismo, liberdade de imprensa, liberdades individuais e outros argumentos que não nos levam a lugar algum.

04/09/2012

Um "colonista" baiano fazendo relação entre estruturas políticas brasileiras e cubanas

Meio mundo de féladaputa cagando pela boca e discorrendo merda pelos dedos.

Olha a astúcia do sacana:

"O que acontece com Cuba é que ela está tentando se arejar a partir da questão política de Estado, quando, em primeiro, deveria colocar a questão dos direitos humanos. Quando Havana se democratizar (será?) e mudar o seu arcaico modelo de economia centralizado e arcaico, a Ilha vai disparar. Aí surgirá uma cidade perdida nos anos 50 e 60, lindíssima, com uma estrutura arquitetônica hispânica que, embora caindo aos pedaços, mantém-se a duras penas. Surgirá como um paraíso caribenho invadido por turistas que mudarão a estrutura econômica desesperadamente pobre. Mas, primeiro, é necessário que seu povo reaprenda a sorrir, a não temer ser livre."

Leia tudo: http://www.bahianoticias.com.br/principal/samuel-celestino/2529-coluna-a-tarde-como-na-ilha-de-cuba.html

Como muitos amigos sabem, visitei Cuba em maio deste ano. Estou cansado de ler o lugar comum idiota que fala em direitos humanos e não reconhece a estrutura demasiadamente humana que existe em Havana, só pra eu citar onde estive por mais tempo.

Tô cansado de jornalista falando em liberdade de imprensa enquanto trabalham para vender jornal, vender produto em propaganda, vender espaço publicitário. Rebanho de féladaputa!!!! Fico injuriado com essas desgraças que se aproveitam da ignorância política da classe dominante, que só enxerga os seus direitos. Fico injuriado com essas mizeras que se aproveitam da ignorância política da classe dominada. Fico injuriado com esses cabruncos que se aproveitam dos espaços que têm para disseminar merda, mentira e ideal de miséria, no qual uns ganham muito mais e outros muito menos.

Esse colunista, infelizmente, tem a interpretação mais imbecil sobre Cuba. Deixa Cuba lá, seu otário!! Se você não tem competência para ajudar a criar um modelo decente de distribuição de renda, por mais que se socialize por baixo, não defenestre o que é alheio sob a (bost)ótica neoliberal.

Tudo isso que você fala, ou melhor, "obra" pelos dedos já foi extirpado daquela ilha pois o que mais gerou foi uma desigualdade exorbitante. Então, hoje, com todas as mudanças, vá até e lá e veja com seus próprios olhos, seu bunda-mole. No entanto procure essa "estrutura econômica desesperadamente pobre" para ver que você irá encontrar coisas muito diferentes apesar do nivelamento por baixo, que não permite luxos, mas o suficiente, ou que talvez nunca fará parte da sua "estrutura econômica desesperadamente irritante com poderes de fazer mais e mais pobres em detrimento de uma minoria rica que nunca morrerá de fome".

País de desgraçados esse nosso. Chega dá raiva. Tudo entregue nas mãos de empreiteiras, empresários e a gente tomando no cu todos os dias e ainda vem uma mizera se meter na vida do, talvez, último suspiro humano, realmente humano, que uma sociedade pode ter, imaginando tudo que um dia foi ruim voltar a fazer barulho por lá... É ser muito filho da puta!!!

Texto publicado originalmente em minha página do facebook.

Valeu, Zeca Peixoto, pelo "colonista".

Abraço, Thiago Requião!