Leia antes de prosseguir

O que lerão a seguir não é pretensiosamente jornalístico apesar de eu ser formado em jornalismo. São simples recortes cubanos sob o meu olhar curioso, despretensioso quanto a algo educativo, cultural e até mesmo informativo. Por aqui, nada que eu não conte numa mesa de bar, talvez até com mais ênfase, pois os saberes são intercambiados. Portanto, se quiseres criticar o regime cubano, vá a alguma publicação que aceite seus argumentos, pois os comentários aqui serão moderados e não tolerarei disparates com relação à linguagem. Podemos até fazer algum debate sobre, mas reservo a mim o poder de decisão sobre publicar ou não algo que considere ofensivo a mim ou a qualquer outro item não listado aqui. Desculpem o ocasional baianês, mas é o meu jeito de escrever. Desculpem também a falta de linearidade. Como disse, não há pretensões extensas com a publicação desses recortes que não seja a da simples leitura de quem se interessar. Não quero criar discussões acerca do socialismo comparado ao capitalismo, liberdade de imprensa, liberdades individuais e outros argumentos que não nos levam a lugar algum.

28/05/2012

“As mudanças em Cuba são por mais Socialismo”

Texto escrito durante a estada em Cuba

Assim que saí do Aeroporto Internacional Jose Martí, no trajeto a Varadero, essa frase que intitula o texto me recebeu, estampada num outdoor. Aliás, outdoor por aqui são raros e somente de propagandas do partido, sempre com frases que enfatizam o regime: “Tudo depende de nossos próprios esforços”.

Na rodovia que me levaria à província de Matanzas, observei alguns problemas comuns à minha cidade natal, Salvador. O asfalto em muitos pontos era irregular, mas em alguns trechos estavam bem recuperados. O transporte público, por ser um horário de pico, transformava-se numa enorme lástima com ônibus antigos e entupidos de gente. A maioria dos veículos de grande porte ainda polui bastante.

Depois de cerca de duas horas e meia cheguei a Varadero. O taxista, responsável motorista e conversador, falava mais com o argentino que dividia o táxi comigo. O veículo, segundo o motorista era fabricado no Brasil. Era uma Parati, da Volkswagen. Foram 180 Km de belas paisagens e sensações de curiosidade, principalmente quando passamos pelo centro de Matanzas e as torcidas dos Industriales e do Matanzas (times de “Pelota” ou baseball) cantavam gritos de guerras e faziam uma verdadeira festa pelo enfrentamento dos times.

Nesse mesmo caminho a Varadero pude ver a Usina de Energia, que queimava muito petróleo encontrado em Cuba, que mesmo livre do enxofre, segundo guias turísticos, era a única opção para a geração de energia e abastecimento de combustíveis. Por hora, a Venezuela permuta com Cuba combustível em troca de medicina. Muitos médicos vão à Venezuela e muitos doentes venezuelanos se tratam em Cuba, assim como o próprio presidente da República Bolivariana da Venezuela Hugo Chávez.

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